A sede social situa-se em um lote de 60 m de frente por 55 m de profundidade e dá acesso ao miolo de quadra onde o clube já tinha piscinas e quadras de tênis construídas. A cobertura quase quadrada que a define é conformada por uma grelha estrutural com 21 por 22 módulos de 1.85 m de eixo num total de ~ 39 x 41 m, sustentada por 12 pilares cruciformes recuados do perímetro, organizando um balanço de 5.64 m nas fachadas frontal e posterior e de 1.94 m nas fachadas laterais. Nos eixos paralelos às fachadas frontal e posterior os pilares organizam um ritmo de 1/5/9/5/1 módulos, e nos eixos paralelos às fachadas laterais, um ritmo de 3/5/6/5/3 módulos.

O desnível de 4 m desde o alinhamento até a área das piscinas é vencido por meio de três faixas ou patamares intermediários e sucessivos, coincidentes com o ritmo dos intercolúnios laterais, interligados por escadas, organizando um subsolo, térreo em vários níveis e um mezanino. A iluminação natural se dá pelas laterais e por domos zenitais, dispostos de maneira a criar focos de luz natural em determinados pontos. Elementos leves e móveis forrados com tecido servem de brises protegendo a maior altura resultante na fachada principal e dando intimidade aos usos do mezanino. A grande altura das nervuras em concreto (1.85 m) ressalta a percepção cobertura, onde são dependurados alguns elementos leves e móveis para a proteção solar. Sob essa sombra se organizam os espaços de maneira a enfatizar a continuidade espacial desde a rua às piscinas, com dois tramos de escadas definindo três amplos patamares visualmente interligados, complementados por alguns usos no subsolo (auditório, apoio) e um mezanino para jogos sobre a área de acesso. Um volume central tronco-cônico ajuda a organizar alguns ambientes e a abrigar áreas de apoio, sem demasiada perda da continuidade espacial.

Embora a estratégia de projeto relembre algumas propostas miesianas neste caso não há a mesma regularidade e homogeneidade empregadas pelo mestre alemão, que também prefere a superposição de camadas regulares enquanto no Culbe Harmonia há uma aceitação telúrica do lugar que não dispensa sua transformação, dando relevo à sua variedade.